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Dhlakama considera lamentável falta de assistência a refugiados moçambicanos no Zimbabué


Afonso Dhlakama preocupado com refugiados
Afonso Dhlakama preocupado com refugiados

Líder da Renamo disse à VOA que vai tratar do assunto com o Presidente Filie Nyusi

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, considerou nesta terça-feira, 17, de lamentável a falta de assistência a refugiados moçambicanos no Zimbabué, e garantiu que vai abordar o assunto com o Presidente da Republica, Filipe Nyusi.

Ele diz que o Governo não pode esquivar-se das suas responsabilidades.

“É lamentável, é lamentável, nós estamos habituados (a esta falta de assistência do Governo aos refugiados)”, disse Afonso Dhlakama à VOA, lembrando a recusa do Governo moçambicano aos refugiados no Maláui, que foram inicialmente considerados de “camponeses e mais tarde mulheres de guerrilheiros da Renamo”.

Só com a intervenção das agências humanitárias das Nações Unidas, prosseguiu Afonso Dhlakama, é que o Governo moçambicano reconheceu a existência dos refugiados, e não espera a mesma coisa do Zimbabué, devido às relações de amizade entre Maputo e Harare.

Refugiados enfrentam fome nos países vizinhos

Milhares de moçambicanos que se refugiaram no Zimbabué, tem enfrentando fome severa e não tem nenhuma ajuda alimentar no campo de concentração em Chipingue, junto à fronteira com o distrito moçambicano de Mossurize (Manica), onde registaram-se violentos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado da Renamo.

Recentemente a imprensa zimbabueana reportou que mais de três mil moçambicanos refugiados em acampamentos improvisados no distrito de Chipinge, no sudeste do Zimbabwe, estavam a enfrentar fome severa.

De acordo com o jornal Manica Post, as condições de sobrevivência dos moçambicanos são muitas vezes sombrias, com a falta de água e alimentos num acampamento em Mutoki Village, que igualmente não tem banheiros.

O número de refugiados para o Zimbabué começou a acentuar-se em Agosto passado, quando já eram contabilizados no acampamento 712 moçambicanos.

As últimas doações de alimentos aconteceram em Junho do ano passado.

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