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Dezenas de casas em risco de ruir devido a chuvas em Benguela


Autoridades dizem abrigar moradores em ‘’áreas seguras’’

Mais de 100 habitantes de uma comuna do município do Lobito, na província angolana de Benguela, podem assistir ao desabamento das suas casas devido a fortes chuvas, que obrigam já várias famílias a pernoitar em centros de acolhimento.

São 47 casas em perigo, nas chamadas zonas de risco, inclusive sobre morros, no Egipto Praia - a setenta quilómetros da capital da província – sem meios para uma intervenção imediata.

Chuvas em Benguela força evacuções de casas em perigo - 1:58
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Os estragos causados pelas chuvas em 2016, um ano após a tragédia que provocou mais de 70 mortos e 600 desalojados no litoral da província de Benguela, impõem medidas de precaução que passam pela Administração Comunal e pelo estaleiro de uma empresa de construção.

“Todo o povo que está em casas em perigo está a entrar num estaleiro e na Administração Comunal. As nossas casas, de adobe e em cima dos morros, estão muito mal. Queremos apoios, estamos preocupados porque em 2016 tivemos vítimas’’, salientam alguns dos habitantes.

O levantamento feito pelas autoridades, segundo o administrador comunal, José Faria, indica que eram 94 as casas à beira do desabamento e que é urgente um plano de urbanização para a habitação condigna

“Algumas casas foram remodeladas, hoje estamos com 47 em zonas de risco. Estamos a encaminhar as pessoas para zonas seguras. Temos um plano de urbanização já no Governo, quando for aprovado vamos implementar, o objectivo é fornecer a habitação digna’’, realça o responsável.

Egipto Praia é afectado também pelas chuvas na vizinha comuna da Canjala, de onde chega uma breve descrição do agricultor Cabral Sande, que alerta para a situação de obras públicas em estado lastimável.

“Este país, afinal, não existe. Aliás, só existiu na televisão e na Rádio Nacional, isto porque não há escolas, não há hospitais. Aqui mesmo, 10 casas estão por acabar, mas já foram pagas há uns seis anos’’, critica o produtor.

Contactada pela VOA a propósito do suposto desabamento de casas de moradores, a Administração da Canjala diz que não tem conhecimento, mas promete estar atenta a todas as incidências.

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