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Detidos estrangeiros e ataques sucedem-se em Cabo Delgado


Acusados dos ataques em tribunal
Acusados dos ataques em tribunal

Analista defendem coordenação das forças de segurança

Os ataques por desconhecidos as aldeias da província de Cabo Delgado sucedem-se, numa altura em que um forte contingente militar deslocou-se àquela província do norte de Moçambique para garantir à segurança das populações.

Detidos estrangeiros e ataques sucedem-se em Cabo Delgado
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Esta semana, o ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, anunciou a detenção de dois cidadãos estrangeiros, um tanzaniano e um sul-africano, supostamente ligados aos ataques as aldeias de Cabo Delgado,

O último ataque teve lugar a 26 de Dezembro, na aldeia de Ingoane, distrito de Macomia do qual resultou uma vítima mortal, decapitada, e cinco casas queimadas.

O ataque surgiu na semana em que o exército e a polícia aumentaram o seu efectivo naquela província e dias depois de Jaime Basílio Monteiro ter anunciado a detenção de dois cidadãos estrangeiros em conexão com o caso.

Os dois cidadãos estrangeiros são tidos como estando ligados à estrutura de apoio logístico aos insurgentes que têm causado pânico naquela região do país.

Em declarações à Televisão Públicade Moçambique,Monteiro negou “tratarem-se de terroristas”.

"Não, não são rigorosamente terroristas, o modus operandi ou a forma como enfrentamos o horror daquele crime pode nos levar a pensar deste modo, mas efectivamete são criminosos de delito comum", disse o ministro para depois acrescentar que "é crime organizado é por isso que também estamos a contar com a colaboração dos países vizinhos".

A sucessão de ataques leva o analista Julião Cumbane a exigir uma maior intervenção das forças de segurança.

"Estes assuntos que estamos a ter em Cabo Delgado tinham a previsão de ser resolvidos rapidamente, mas acho que o Ministério da Defesa, os Serviços Nacionais de Segurança do Estado e o Ministério do Interior têm que coordenar as acções para levar de volta a segurança a Cabo Delgado", considera Julião Cumbane.

Refira-se que decorre em Pemba o julgamento de cerca de 160 cidadãos detidos em conexão com os ataques.

Devido ao elevado número de envolvidos no caso, as autoridades de justiça do país estão a preparar a Cadeia Provincial de Nampula para acolher os eventuais condenados.

"Após a condenação aquele grupo violento será transferido para esta penitenciária, então, para garantir a segurança máxima recebemos, 24 operativos foram enviados para garantir também a própria segurança do estabelecimento e eles estão preparados para conter a violência a qualquer momento", garante Rodolfo Cumbana, director da Penitenciária Regional Norte de Nampula.

Por outro lado, a Igreja Católica de Moçambique decidiu canalizar todas as ofertas recebidas na missa de Natal para o apoio às vítimas destes ataques, segundo Dom Luís Lisboa, Bispo da Diocese de Pemba.

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