O antigo secretário do Governo da província angolana da Huíla, António Ndassindodyo, foi detido por crimes de peculato, branqueamento de capitais, associação criminosa e corrupção passiva.
Ndassindodyo é o quinto detido no caso de alegado desvio de milhões no sector da Educação na província da Huíla.
Além do delegado das Finanças na província angolana do Huambo, que antes trabalhou na Huíla, e o director do Gabinete Provincial da Educação da Huíla, detidos na segunda-feira, 3, no Lubango, estão também presos dois empresários que terão dado destino indevido a cerca de 200 milhões de kwanzas concedidos para a construção de laboratórios escolares.
«Até prova em contrário incide sobre ele a presunção de inocência o processo corre os seus trâmites legais. Foi do entendimento da PGR mandá-los deter e porque o crime foi denunciado publicamente e conhecido pela urbe do Lubango não tem como a PGR ficar de mãos dadas», justifica Alexandrina Domingos.
Numa primeira reacção ao processo em que as principais vítimas são professores que ficaram sem os seus subsídios de chefia, o secretário provincial do Sindicato dos Professores (Sinprof) SINPROF na Huíla, João Francisco, aplaude os sinais de justiça, mas pede que no final sejam pagas as somas alegadamente desviadas.
«Desde sempre o sindicato lutou reclamou para que os titulares de cargo de direcção os colaboradores e outros trabalhadores que deram o seu melhor possam usufruir dos seus direitos remuneratórios. Olhando para o que se está a passar na nossa província, a exigência é que a justiça se faça sentir, que apure a veracidade dos factos e apresente a população principalmente a lesada que nessa altura são os professores e se faça a devolução dos valores aos beneficiários”, pediu Francisco.
A polícia local admite que mais pessoas podem vir a ser detidas neste caso.