Autoridades angolanas voltam a admitir dificuldades para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável. Para falar sobre o assunto, ouvimos a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Viranil, o secretário de estado para o planeamento, Luis Epalanga e Sérgio Calundungo, especialista de projetos de desenvolvimento.
As autoridades angolanas reconhecem a existência de grandes desafios para alcançar algumas das metas dos objectivos de desenvolvimento sustentável. Para o efeito, o pais precisa de realizar transformações estruturais e profundas que podem ser analisadas numa perspectiva de longo prazo.
As Nações Unidas e o governo angolano apresentaram, esta semana, um estudo que examina o efeito das políticas de implementação dos objectivos de desenvolvimento sustentável em Angola.
O governo identificou os sectores da a saúde, educação, protecção social, electricidade, agricultura, água e saneamento básico como áreas que vão continuar a merecer uma especial atenção.
Em conformidade com os resultados do estudo apresentado, ainda assim as autoridades angolanos apelam para um maior engajamento de todos actores relevantes neste processo, nomeadamente os departamentos ministeriais, agências das Nações Unidas, o sector privado, academia e a sociedade civil, visando a elaboração do designado relatório nacional voluntário.
Especialistas contactados pela Voz da América afirmaram que Angola não cumpre nenhum dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estando na posição 149, numa lista de 162 países avaliados e abaixo da média da África Subsariana. Acrescentam que o nível de pobreza constitui um factor limitante para a sustentabilidade, sendo o primeiro objectivo dos ODS, como a erradicação da pobreza.
A coordenadora residente das Nações Unidas em Angola defende a identificação de áreas fundamentais para direcionar o investimento em Angola.
Zahira Viranil sustenta que o objectivo é acelerar a implementação e concretização dos objectivos de desenvolvimento sustentável até, pelo menos 50% em 2025.
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