Cerca de 80 por cento das pessoas detidas no Namibe por alegados crimes são desempregados, revelaram representantes da polícia nacional, da procuradoria-geral e do Tribunal do Namibe reunidos em Moçâmedes.
O porta-voz do fórum, o juiz Domingos Chingomba, disse que os crimes de violação sexual aumentaram nesse período e que os crimes de furto mantiveram-se estáveis quando comparados com o período anterior.
As causas “continuam a ser as mesmos, nomeadamente a falta de ocupação”.
“Oitenta por cento dos implicados em práticas delituosas não têm ocupação e esta é a razão pela qual se envolvem na subtracção de coisas alheias”, sublinhou Chingomba.
O juiz referiu-se a “alguns casos” em que indivíduos recentemente amnistiados voltaram a cometer crimes e, portanto, presos.
“A razão é a mesma, o recluso abrangido pela amnistia ou alguém que cumpriu a sua pena é posto em liberdade e não tem sequer o que comer, não tem ocupação e então parte para subtracção de coisas alheias”, afirmou o juiz, concluindo que a situação, no entanto, "é controlável”.