Moradores da lixeira da Coreia, desalojados da Areia Branca em 2012, pedem a intervenção do Presidente da República para resolver a situação precária em que vivem actualmente.
São mais de mil famílias entre duas valas de drenagem em cabanas de chapas, que albergam entre 12 e 15 pessoas cada.
Segundo o coordenador da favela Francisco Castanha, já esgotaram os apelos e até hoje nada foi feito para melhorar a sua situação. "Estamos a bater às portas e é sempre esperem, esperem!”, lamentou.
“Estamos a viver muito mal por causa das duas valas de drenagem que nos apertam, as impurezas, o lixo que alguns moradores da Coreia deitam aqui, as aguas podres, é muita coisa feia aqui", acrescentou.
Os moradores depositam agora toda a sua esperança no Presidente da República.
Uma das moradoras, Jacinta João, disse que o Presidente deveria deslocar-se ao local para dizer “meu povo venham aqui quero falar com vocês”.
“Nunca vimos isso", disse.
Outro morador culpou os dirigentes do MPLA pela sua situação e por “sujarem” o nome do Presidente.
“O MPLA nunca trabalhou assim, creio que é ideia dos homens que estão à frente do partido”, disse.
“Estes homens de certeza que não têm piedade dos outros: crianças a perderem anos lectivos, num país como este, a viver no meio da água uma parte vai para o esgoto a outra fica mesmo aqui estagnada, estamos muito mal!", concluiu.
Tentamos mas sem sucesso ouvir algum responsável do partido que governa o país.