O Governo angolano continua apostado na privatização de empresas
detidas ou participadas pelo Estado, mesmo com a fuga de investidores
estrangeiros.
A conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
revelou, recentemente, que Angola tem registado, nos últimos anos a
fuga de investidores estrangeiros.
A organização considera que o problema não será resolvido enquanto não
houver melhorias no ambiente de negócios do país.
Para alterar o actual ambiente de incertezas da economia angolana, o
Governo de João Lourenço aprovou há um mês, por via de um
decreto presidencial, o Programa de Privatizações.
O documento estabelece que 175 empresas vão ser alienadas por
concurso público, 11 por leilão em Bolsa e nove por Oferta Pública
Inicial, com a previsão de o Governo lançar, ainda este ano, concursos
para 80 empresas e uma oferta pública inicial, que se juntam às
dezenas de licitações ocorridas nos últimos meses.
No próximo ano, outras 81 empresas são alienadas por concurso público,
seis são passadas por leilão em Bolsa e três via oferta pública
inicial, elevando a operação em outras 90 companhias, depois do que
são privatizadas 12 em 2021 e quatro em 2022.
Por outro lado, o Programa de Privatizações fornece indicações sobre o
emprego previsto para um volume não especificado de encaixe,
declarando que as receitas serão canalizadas para o financiamento de
programas que sirvam para o desenvolvimento económico e social do
pais, com destaque para o fomento do sector produtivo.
A representante da conferência das Nações Unidas para o comércio e
desenvolvimento, aponta vários desafios que a economia angolana
precisa vencer.
Laina Maia, destaca o regime fiscal e o mercado da
concorrência, como sectores que devem ser melhorados.
No programa Janela de Angola, o tema está em debate.
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