O presidente da Asembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Cipriano Cassama, suspendeu a sessão parlamentar por alguns momentos nesta terça-feira, 11, após os deputados do MADEM-G15 e do PRS terem invadido a mesa, alegando que Cassama "não tem condições morais para dirigir os trabalhos".
A atitude dos parlamentares da oposição aconteceu depois do apelo do deputado do PRS, Sola N'Quilin, para "invadirem a Mesa" porque estava a funcionar na base da "ilegalidade".
Entretanto, depois da intervenção da polícia, os trabalhos foram retomados e decorrem normalmente.
A sessão parlamentar que termina a 22 de Julho, de acordo com agenda dos trabalhos, tem, entre outros pontos, a votação do segundo vice-presidente, lugar, pertencente ao MADEM-G15, enquanto a segunda força política no país.
Aquele partido propos o nome do seu coordenador, Braima Camará, mas foi chumbado pelos deputados da maioria parlamentar, enquanto o MADEM-G15 mantém a mesma candidatura.
O Presidente da República disse que só indicará o novo primeiro-ministro depois de resolvido o impasse no Parlamento.
José Mário Vaz, que se encontra fora do país, convocou os partidos políticos para uma nova consulta na sexta-feira, 14, visando a nomeação do primeiro-ministro.
Recorde-se que o PAIGC, partido mais votado nas eleições, mas sem maioria absoluta, assinou um acordo de incidência parlamentar com APU-PDGB, a União para Mudança e o Partido Nova Democracia, que lhe garante 54 dos 102 deputados do Parlamento.