Delegados de listas das duas maiores formações políticas da oposição na província angolana do Uíge, UNITA e CASA-CE, manifestaram nesta terça-feira, 19, o seu descontentamento por receberem metade do montante do montante prometido como subsídio pelo trabalho realizado nas eleições de 23 de Agosto.
Enquanto os da CASA-CE apontam o dedo à coligação, esta remete a responsabilidade da situação à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Eles dizem que apenas recebem cinco mil kwanzas quando a promessa foi de 10 mil kwanzas pelo trabalho.
“APN, FNLA e PRS estão a pagar dez mil kuanzas aos delegados de listas, mas a CASA–CE está a dar-nos cinco mil kuanzas, isso é injusto”, disseram três delegados à VOA.
Em resposta, o secretário para os Assuntos Eleitorais da CASA-CE Alexandre André afirmou que essa situação decorrer de “uma manipulação da CNE que remeteu o dinheiro para apenas um delegado, quando a lei impõe que cada partido tenha dois delegados nas mesas”.
Frente a esta realidade, André afirmou que a coligação optou por dividir o montante entre os dois delegados para que todos fossem contemplados.
Aquele responsável queixou-se ainda do facto de o valor de sete milhões de kuanzas ser insuficiente para cobrir o universo de seis mil delegados em toda província.
A VOA contactou a FNLA que, na voz do secretário provincial Lucas Goveia, reclamou dos valores, mas garantiu que já foram pagos os 10 mil kwanzas previstos a todos os delgados.
Para o secretário provincial da UNITA, Félix Simão Lucas, o partido encontra–se nas mesmas condições da CASA-CE, acrescidas do facto de ter um número maior de delegados.
Por sua vez, o primeiro secretário municipal do MPLA, Carlos Alberto, em entrevista não gravada, revelou que o partido não teve dificuldades no pagamento dos delegados de listas.