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EUA: Redes Sociais podem mudar o método e a rapidez de escolha dos eleitores


Facebook e Twitter estão a revolucionar as percepções políticas da nova geração de eleitores americanos, através de notícias em tempo real

Os computadores e aplicações dos telemóveis estão a mudar a rapidez e o significado do sentido do voto, nos Estados Unidos durante a campanha eleitoral para as eleições do próximo dia 6 de Novembro.

No debate dos vice-presidentes da semana passada em Kentucky, as redes sociais como Twitter e Facebook pareciam substituir os medias tradicionais como um método preferido de uma nova geração de eleitores.

Kelly Bolton do Center College em Kentucky prepara-se para as eleições deste ano, e vai recebendo as últimas notícias políticas não a partir da televisão ou outras fontes tradicionais de informação, mas instantanemente através do seu telemóvel.

“Fica-se a saber o que está a acontecer no momento, e onde está acontecendo. Isso é excitante em época eleitoral porque desejamos saber o que dizem as sondagens, ou se Romney ou Obama disseram alguma coisa.”

As informações chegam a Kelly Bolton através das redes sociais como o Facebook e Twitter, que ultimamente têm crescido de popularidade conforme aumenta o número de americanos que adquirem telemóveis e munidos de aplicações móveis.

Durante o primeiro debate do presidente Obama e o seu adversário republicano Mitt Romney o centro de pesquisas Pew Research afirma que um em cada dez americanos assistiram ao debate ao mesmo tempo que acompanhavam as informações através dos seus computadores e telemóveis.

“Reunimo-nos em torno da televisão para assistirmos ao debate. Mas toda a gente tinha o seu telemóvel também ao lado, porque se Mitt Romney dissesse algo que nós republicanos tivessemos gostado, quereriamos colocá-lo no Twitter.”

Adam Sharp trabalha para a companhia Twitter e diz que a quantidade de conversações acerca das eleições conheceu uma explosão no Twitter. Sharp adiantou ainda que o tráfico de informações nas redes sociais passou de 1.000 para cerca 100 mil tweets (mensagens) por minuto, durante os debates.

“Se fosse há uma ou duas gerações atrás, teriamos esperado até a publicação dos jornais no dia seguinte para saber o que aconteceu na campanha eleitoral. Hoje somos capazes de seguir o que acontece em tempo real, no Twitter e estar mais próximo dos candidatos e dos acontecimentos.”

Merle Hansen tem 70 anos e é reformado. Ele assistiu a todos os debates presidenciais desde 1960, e diz que ainda prefere obter as informações através dos jornais e não tem intenções de criar uma conta no Twitter.

“Eu não me importo com nada disso. Se quiseres falar comigo, chame por mim. Terei imenso prazer em falar consigo, mas não gosto enviar mensagens ou qualquer coisa como esta.”

Para Kenyon Cook, um jovem estudante, a reacção de Merle Hansen é compreensível.

“Diria que é muito mais fácil para os jovens porque eles conhecem essas tecnologias. Se perguntasse aos meus pais, eles diriam que não têm ideia nenhuma do que é um iPhone, Twitter ou Facebook.”

Ainda assim, muita coisa está a mudar. Kelly Bolton disse, por exemplo, que os seus pais evão criar uma conta no Facebook -- que tem cerca de mil milhões de inscritos, incluindo Mitt Romney e o presidente Barack Obama. Estas eleições estão a ser um teste na forma de como as transmissões das informação podem afectar as esolhas do eleitorado.
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