O libanês Jean Boustani aguarda na prisão, em Nova Iorque, a resposta do pedido de liberdade sob fiança, enquanto não inicia o seu julgamento por alegado envolvimento no escândalo das “dívidas ocultas” moçambicanas de dois mil milhões de dólares.
Nesta terça-feira, 5, Jean Boustani, compareceu perante um painel de três juízes num tribunal federal de Nova York para apelar da decisão de mantê-lo preso até que o caso seja julgado.
Boustani, principal vendedor da Privinvest, empresa de construção naval de Abu Dhabi, no centro do escândalo de dois mil milhões de dólares em empréstimos secretos, é acusado por procuradores dos Estados Unidos de fazer parte de um esquema que inclui fraude bancária, suborno e lavagem de dinheiro.
Os procuradores americanos dizem que ele deve permanecer sob custódia, por haver um grande risco de fuga.
Mas os seus advogados argumentaram que ele deveria estar em liberdade sob fiança, tendo sugerido ao tribunal que ele pagaria o custo de monitorá-lo enquanto aguarda o julgamento.
Após uma audiência de uma hora, os três juízes decidiram analisar o caso e devem anunciar uma decisão nos próximos dias.
Outro acusado no caso, o ex-ministro das finanças Manuel Chang, vai enfrentar mais uma audiência de extradição para os Estados Unidos ou Moçambique, em Joanesburgo, nesta quinta-feira, dia 7 de março.