A seca está a afectar severamente a província do Cunene, no sul de Angola. O bispo da diocese de Ondjiva, dom Pio Hipunhaty, diz que a situação é alarmante na região e milhares de crianças estão a abandonar as escolas devido a fome.
Dom Hipunhaty que falava a Voz da América, após um encontro com o secretário-geral da UNITA, Victorino Nhany, que se encontra de visita ao Cunene, disse que, as pessoas estão a ser obrigadas a deslocar-se para a província fronteiriça do Cuando Cubango para encontrar água para o consumo humano e para os rebanhos porque muitas das tradicionais "chimpacas" (reservatórios de águas da chuva) estão vazias.
“A seca faz com que alunos acompanhem os pais que são obrigados a abandonar as suas zonas de residência e levar os seus rebanhos para as zonas mais seguras” alertou o bispo de Ondjiva, acrescentando que “ há zonas que para encontrar água é necessário percorrer 25 quilómetros a pé, estão os pais preferem que crianças ficam em casa enquanto os adultos vão procurar água.
Nas comunas de Mucupe, Onepolo e Humbe, muitas pessoas já abandonaram as suas residências e estão acampadas na margem direita do rio Cunene, juntamente com os seus rebanhos e crianças com idade escolar.
Uma avaliação realizada recentemente pelo Departamento Nacional de Nutrição, do Ministério da Saúde, com o apoio das Nações Unidas, indica que cerca de 533 mil crianças, com menos de cinco anos, nas dez províncias angolanas mais afetadas pela seca estão em situação de má-nutrição aguda.
A informação está contida no relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Os dados do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MINADERP) estimam que cerca de um milhão e 834 mil habitantes foram afetados pela estiagem em 2012.
O número corresponde a cerca de 10 por cento do total da população angolana, tendo como as áreas mais afetadas, as províncias do Bengo, Kwanza-Sul, Benguela, Huíla, Namibe, Cunene, Moxico, Bié, Huambo e Zaire.
Dom Hipunhaty, revelou que este ano cerca de 500 mil famílias no Cunene, estão afectadas pela fome provocada pela seca que assola a província. Existe tendência do número vir aumentar.
“O Cunene debate-se com uma seca já mais vista porque abrange toda província do Cunene. Estamos sem alimentos, estamos sem água e de facto a situação é preocupante.”
Já Elias Mbala, pastor provincial da igreja Anglicana no Cunene, descreveu a situação na província de “sinistra”. “O impacto é maior. A água é vida quando não temos água, o homem não vive. Na verdade a situação não está para brincar.”
Há dois anos que praticamente não chove no Cunene, facto que está a prejudicar a economia das famílias, cuja base de subsistência é a agricultura e a criação de gado.
Hipunhaty, referiu ainda que a seca tem sido cíclica na região mas autoridades nunca apresentaram um plano concreto para a mitigação do seu impacto.
“Aproveito fazer apelo a todas as pessoas de boa vontade para que de facto sejam solidarias com o povo do Cunene neste momento tão complicado.”
Nhany reuniu-se também com as autoridades governamentais locais, tendo abordado a situação da seca no Cunene. Amanha (28) o politico visita os municípios mais atingidos pela seca onde deverá manter encontro com a população sinistrada.
Dom Hipunhaty que falava a Voz da América, após um encontro com o secretário-geral da UNITA, Victorino Nhany, que se encontra de visita ao Cunene, disse que, as pessoas estão a ser obrigadas a deslocar-se para a província fronteiriça do Cuando Cubango para encontrar água para o consumo humano e para os rebanhos porque muitas das tradicionais "chimpacas" (reservatórios de águas da chuva) estão vazias.
“A seca faz com que alunos acompanhem os pais que são obrigados a abandonar as suas zonas de residência e levar os seus rebanhos para as zonas mais seguras” alertou o bispo de Ondjiva, acrescentando que “ há zonas que para encontrar água é necessário percorrer 25 quilómetros a pé, estão os pais preferem que crianças ficam em casa enquanto os adultos vão procurar água.
Nas comunas de Mucupe, Onepolo e Humbe, muitas pessoas já abandonaram as suas residências e estão acampadas na margem direita do rio Cunene, juntamente com os seus rebanhos e crianças com idade escolar.
Uma avaliação realizada recentemente pelo Departamento Nacional de Nutrição, do Ministério da Saúde, com o apoio das Nações Unidas, indica que cerca de 533 mil crianças, com menos de cinco anos, nas dez províncias angolanas mais afetadas pela seca estão em situação de má-nutrição aguda.
A informação está contida no relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Os dados do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MINADERP) estimam que cerca de um milhão e 834 mil habitantes foram afetados pela estiagem em 2012.
O número corresponde a cerca de 10 por cento do total da população angolana, tendo como as áreas mais afetadas, as províncias do Bengo, Kwanza-Sul, Benguela, Huíla, Namibe, Cunene, Moxico, Bié, Huambo e Zaire.
Dom Hipunhaty, revelou que este ano cerca de 500 mil famílias no Cunene, estão afectadas pela fome provocada pela seca que assola a província. Existe tendência do número vir aumentar.
“O Cunene debate-se com uma seca já mais vista porque abrange toda província do Cunene. Estamos sem alimentos, estamos sem água e de facto a situação é preocupante.”
Já Elias Mbala, pastor provincial da igreja Anglicana no Cunene, descreveu a situação na província de “sinistra”. “O impacto é maior. A água é vida quando não temos água, o homem não vive. Na verdade a situação não está para brincar.”
Há dois anos que praticamente não chove no Cunene, facto que está a prejudicar a economia das famílias, cuja base de subsistência é a agricultura e a criação de gado.
Hipunhaty, referiu ainda que a seca tem sido cíclica na região mas autoridades nunca apresentaram um plano concreto para a mitigação do seu impacto.
“Aproveito fazer apelo a todas as pessoas de boa vontade para que de facto sejam solidarias com o povo do Cunene neste momento tão complicado.”
Nhany reuniu-se também com as autoridades governamentais locais, tendo abordado a situação da seca no Cunene. Amanha (28) o politico visita os municípios mais atingidos pela seca onde deverá manter encontro com a população sinistrada.