Cubanos residentes nos Estados Unidos encheram neste sábado, 26, as ruas do bairro de Little Havana, em Miami, para celebrar a morte de Fidel Castro, com bandeiras e faixas, fogos de artifício e batendo em potes e panelas.
Filas de carros buzinando do lado de fora do mais famoso restaurant cubano em Miami, Versailles, juntaram-se milhares de cubanos que desafiaram a chuva para comemorar a morte de Fidel Castro, na sexta-feira, aos 90 anos de idade.
"É o dia mais feliz da minha vida. Os cubanos estão finalmente livres!", disse Orlidia Montells, de 84 anos, que afirmou esperar pela morte de Castro há mais de 50 anos.
Hugo Ravalo, ex-funcionário de casino de 83 anos de idade, afirmou esperar que a ilha caribenha mude a partir de agora, embora não tenha tanta certeza disso.
"O outro está lá", disse, em referência ao Presidente cubano Raúl Castro, irmão de Fidel.
O presidente da Câmara Municipal de Miami, Tomas Regalado, avisou que os festejos na cidade, onde vivem mais de um milhão de cubano-americanos, irá se estender por mais dias.
"A morte dele encerra um doloroso capítulo para os cubanos na ilha e para os cubano-americanos em todo o mundo, incluindo os milhares de residentes no condado de Miami-Dade que foram pessoalmente afectados por sua cruel e brutal ditadura", disse Carlos Gimenez, mayor de Miami-Dade, onde fica a cidade de Miami.
Entretanto, Luis Torres, estudante de medicina de 28 anos, afirmou à Reuters que Castro ainda era admirado por muita gente por desafiar os Estados Unidos e demolir o rígido sistema de classes sociais em Cuba.
"Muitas pessoas o veem como herói, como alguém que desafiou os EUA", disse.