A Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) anuncia a sua intenção de intensificar as acções para dar resposta à crise humanitária e para ajudar e proteger as pessoas necessitadas em Moçambique, um país duramente flagelado por calamidades naturais e pelo terrorismo.
No ano passado, a organização teve um orçamento de pouco mais de dois milhões e 500 mil dólares americanos para operações humanitárias, mas, para 2022, espera conseguir mais dinheiro para levar a cabo os seus programas.
Hoje, 8 de Maio, celebra-se o Dia da Cruz Vermelha e, em Moçambique, e no mundo, em geral, pede-se que os voluntários trabalhem sempre, e cada vez mais, com gentileza e humanidade, no atendimento das vítimas e das pessoas carenciadas.
O movimento internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho celebra a dedicação, a compaixão, a coragem e o impacto de milhões de voluntários e de inúmeras pessoas que oferecem ajuda, cuidados e serviços para salvar a vida de outros milhões que, devido a diversos factores, possam estar a viver momentos dramáticos e de grande aflição.
Em Moçambique, momentos de aflição não faltam, parecem ser recorrentes: segundo país mais afectado pelos efeitos das mudanças climáticas, tem sido flagelado, todos os anos, ou por ciclones, cheias ou por seca extrema.
Para dar uma melhor resposta a esses problemas, a CVM está, agora, a adoptar uma nova estratégia de abordagem: prevenção.
“Um exemplo simples: tem casas precárias…a comunidade…vamos ajustar as casas, melhorar a segurança das casas, que é para quando vier não sejam arrasadas, deslocar as populações para lugares seguros. Então tudo isso…São várias acções preventivas para melhorar o estado das populações. Que o impacto não seja generalizado e grave. Acções antecipadas significa isso, então já temos um trabalho com a Federação, com a Cruz Vermelha da Alemanha”, explica Abílio Campos, director nacional de Desenvolvimento Institucional e de Recursos e porta-voz da organização.
Ela diz também que, para além da mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas, a organização vai continuar a prestar uma atenção especial aos mais de 850 mil cidadãos de Cabo Delgado que foram forçados a deslocar-se por causa dos ataques terroristas.
A assistência humanitária, a essas populações, vai continuar apesr de haver outros países também com necessidades.
“Continuarmos a merecer isto, temos de ser fiéis, com lealdade, com credibilidade para continuarmos a merecer apoio financeiro dos nossos doadores”, acrescenta Abílio Campos quem conclui que, sem revelar valores, a CVM está a receber cada vez mais apoio internacional para intervir no país e que os tradicionais parceiros de cooperação, que haviam retirado o seu apoio, estão a regressar.
Estima-se que uma em cada 523 pessoas, no mundo, seja voluntária da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho.
Em Moçambique, a organização tem cerca de 7.500 voluntários activos.