Um ambiente de negócios pouco atraente pode inviabilizar o aumento de empresas no sector das pescas no município de Benguela.
O alerta volta a ser dado recentemente num debate por quem conhece o sector.
O empresário Adérito Areias, um velho defensor de linhas de crédito para o aumento da frota de embarcações e aquisição de material de pesca, sublinhou que o município de Benguela, que antes possuía empresas de frio, companhias de pesca e fábricas de conserva, mesmo depois da Independência Nacional, está reduzido à insignificância.
‘‘Tínhamos agentes com estaleiros que até barcos fabricavam”, disse numa mesa-redonda sobre a questão.
Areias diz que só o vale agrícola do Cavaco funciona, solucionado que foi o problema da água, e coloca os custos com os combustíveis entre as várias contrariedades, até para a Baía, município que produz cerca de seiscentas toneladas de peixe congelado por dia.
A verdade é que, numa aparente demonstração de paradoxo, o sector das Finanças diz que vê contribuições fiscais provenientes da pesca no município de Benguela.
Osvaldo Vitoriano, em nome da Repartição Fiscal, disse que têm "estado a receber contribuições fiscais (município de Benguela), como os impostos de selo, industrial e sobre o rendimento de trabalho’’.
Confrontado com estes elementos, Adérito Areias faz questão de esclarecer que não existe Repartição Fiscal na Baía Farta, daí que as empresas estejam registadas , em Benguela, por isso pagam aqui as suas obrigações, e é isso que se passa, o município de Benguela não tem nada’’.
O debate foi promovido pela Rádio Benguela por ocasião dos 399 anos da cidade de Ombaka, que hoje se assinalam.
O ponto alto será a Feira Internacional de Benguela (FIB), a partir de amanhã, 18.