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Crise força zimbabweanos a comprarem alimentos em Moçambique


Zimbabwe, prateleiras vazias.
Zimbabwe, prateleiras vazias.

Comerciantes da Beira e Chimoio satisfeitos.

O número de zimbabweanos que atravessa a fronteira em busca de alimentos em Moçambique aumentou largamente, após as eleições deste ano contestadas pela oposição.

Crise força zimbabweanos a comprarem alimentos em Moçambique
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Dados revelados à VOA nesta, quarta-feira, 19, pelas autoridades de migração de Manica, centro de Moçambique, indicam que cresceu em 20 por cento o número de zimbabweanos que atravessa Machipanda, a principal fronteira terrestre, para se abastecer de produtos alimentares.

Entre 1 de Julho e 15 de Dezembro de 2018, 286.166 pessoas atravessaram a fronteira de Machipanda, sendo 183.504 zimbabweanos – mais 36.701 que no período homologo de 2017 -, que procuravam em Moçambique produtos básicos alimentares, além de roupa e sapatos.

“Este ano registamos uma subida ligeira no movimento migratório de zimbabweanos em busca de produtos alimentares”, disse Jorge Machava, porta-voz da migração de Manica.

Machava assinalou que um número elevado de zimbabweanos tem violado a fronteira para introduzir naquele país vizinho produtos básicos como farinha de milho, óleo, arroz, sabão e eletrodomésticos.

Este aumento tem pressionado o sector comercial nas cidades de Manica e Chimoio (Manica) e Beira (Sofala) para atender a demanda, mas os comerciantes estão satisfeitos com as receitas.

As autoridades migratórias do Zimbabwe introduziram, em Novembro, restrições na entrada de quantidade de produtos alimentares, sobretudo o óleo, arroz e farinha de milho.

O Zimbabwe voltou a viver momentos “tenebrosos” desde há um ano, com a inflação a subir, resultado, em parte, da grave escassez do dólar americano, que circula em paralelo com o bond zimbabweano.

Em grandes cidades como Harare e Mutare é notável a falta de combuistivel e medicamentos. Nos supermercados, há longas filas até para a compra de pão.

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