O Observatório do Direito das Crianças em Moçambique diz que as autoridades governamentais estão a ser incapazes de conter graves situações de exploração infantil, assédio sexual de menores e gravidez na adolescência.
Francisca Noronha, oficial de programas e activista daquela organização, afirma que a protecção da criança está a falhar em Moçambique, anotando que nos últimos quatro anos mais de sete mil raparigas ficaram grávidas na escola.
"Como é que uma rapariga fica grávida na escola, onde ela se devia sentir segura?", interrogou-se a activista, avançando que em Moçambique, 48 porcento das meninas casam-se antes dos 18 anos.
Noronha manifestou-se também preocupada com "casos de trabalho infantil que podemos verificar mesmo na cidade de Maputo".
E as autoridades governamentais assumem que o país tem três grandes desafios, nomeadamente, a questão das uniões prematuras, a gravidez na adolescência e o trabalho infantil, sendo a situação mais preocupante nas zonas de conflito violento, como o que se vive em Cabo Delgado.
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