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"Crescimento de Cabo Verde passa pelo mercado africano", diz Ulisses Correia e Silva


Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde,
Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde,

Primeiro-ministro garante que arquipélago tem de apostar no mercado da África Ocidental e lusófono, sem estigmatizar o continente.

Cabo Verde só poderá fazer crescer a sua economia se exportar para os mercados da Comunidade Económica dos Estados da África Ocicental (CEDEAO) e lusófono, afirma o primeiro-ministro de Cabo Verde, garantindo que o seu Governo vai apostar numa maior presença no continente.

Em entrevista à VOA na cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva lembra que Cabo Verde não pode fazer depender a sua economia do turismo.

"Crescimento de Cabo Verde passa pelo investimento no continente", Ulisses Correia e Silva
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O Chefe do Governo afirma ser necessário apostar no continente “não com olhos de quem estigmatiza o continente africano, mas com olhos de quem vê que há oportunidades”.

Correia e Silva lembra que há um mercado na África Ocidental de 300 milhões de pessoas, dos quais 80 milhões são consumidores de classe média, com capacidade de consumo.

Apesar de reconhecer os problemas do continente, o primeiro-ministro recorda que “África não é só pobreza, mas tem dinâmicas de crescimento”, em particular “o mercado preferencial da CEDEAO”, a que Cabo Verde pertence.

A localização geográfica e a estabilidade política e social de Cabo Verde constituem trunfos que Ulisses Correia e Silva apresenta, aliados à tradição de prestação de serviços do arquipélago, que, de olhos no continente, pode aumentar a sua capacidade de oferta de exportação.

Entre os sectores apontados pelo governante, estão a “tecnologia de comunicação e informação, energias renováveis com Cabo Verde a funcionar como um bom laboratório de experiências e competências e outros serviços, como oferecer centros de excelência aos cidadãos da costa ocidental nas áreas de formação profissional, em matéria de saúde, por exemplo”.

Correia e Silva, no entanto, garante que o seu Governo tem uma “estratégia de penetração no mercado, em colaboração com as empresas e as câmaras de comércio que são as entidades que fazem a economia funcionar”.

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