Links de Acesso

Críticos de Putin lideram uma marcha em Berlim pela democracia na Rússia


Protesto contra o Presidente russo, Vladimir Putin, na Alemanha
Protesto contra o Presidente russo, Vladimir Putin, na Alemanha

Figuras proeminentes da oposição russa lideraram uma marcha de pelo menos mil pessoas no centro de Berlim, no domingo, 19, criticando o Presidente russo Vladimir Putin, a guerra na Ucrânia e apelando à democracia na Rússia.

Atrás de uma faixa que dizia “Não a Putin. Não à guerra”, os manifestantes eram liderados por Yulia Navalnaya, a viúva de Alexei Navalny, um dos principais críticos de Putin, bem como por Ilya Yashin e Vladimir Kara-Murza, que foram libertados da prisão russa numa troca de prisioneiros de alto nível este verão.

Protesto organizado pelos críticos do Presidente russo em Berlim
Protesto organizado pelos críticos do Presidente russo em Berlim

Aos gritos de “Rússia sem Putin” e outros cânticos em russo, os manifestantes empunhavam cartazes com uma grande variedade de mensagens sobre um fundo vermelho, incluindo “Putin é igual a Guerra” e “Putin é um assassino” em alemão.

Alguns marcharam com as bandeiras da Rússia ou da Ucrânia, bem como com uma bandeira branca-azul-branca utilizada por alguns grupos da oposição russa.

Os organizadores disseram que a marcha começou perto da Potsdamer Platz e passou pelo Portão de Brandemburgo e pelo Checkpoint Charlie, devendo terminar em frente à Embaixada da Rússia.

“A marcha exige a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia, o julgamento de Vladimir Putin como criminoso de guerra e a libertação de todos os presos políticos na Rússia”, afirmaram os manifestantes num comunicado.

Yashin, numa declaração antes da manifestação, disse que os manifestantes estavam “a usar a liberdade que temos aqui em Berlim para mostrar ao mundo: Existe uma Rússia pacífica, livre e civilizada”.

Navalnaya, Yashin e Kara-Murza anunciaram o comício de domingo como uma demonstração de unidade, numa altura em que os recentes episódios de acrimónia agitaram o campo anti-guerra.

A oposição anti-guerra exilada da Rússia não conseguiu, até agora, falar a uma só voz nem apresentar um plano de ação claro.

A troca de prisioneiros entre o Leste e o Oeste, em agosto, libertou dissidentes importantes e prometeu revigorar um movimento desmobilizado pela morte na prisão de Navalny, um carismático ativista anti-corrupção e inimigo do Kremlin.

Em vez disso, as tensões aumentaram nos últimos meses, à medida que os aliados de Navalny e outros dissidentes proeminentes trocaram acusações que pareciam destruir quaisquer esperanças de uma frente unida anti-Kremlin.

Muitos russos que se dedicam à oposição manifestaram a sua profunda frustração com as lutas internas e com o que alguns consideram ser os esforços dos grupos rivais para desacreditar e retirar influência uns aos outros.

Fórum

XS
SM
MD
LG