A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconheceu ontem, em Nova Iorque, não ter respondido no devido momento à situação de política que a Guiné-Bissau enfrenta.
Face a essa realidade, a organização decidiu realizar “um estudo sobre mecanismos apropriados para puder facilitar a resposta dos Estados membros em caso de situações semelhantes no futuro,” disse Hernani da Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Timor-Leste, país que assume a presidência rotativa desta organização.
Hernani da Silva, que falou à imprensa após um encontro de ministros da CPLP, realizada à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, acrescentou que logo a constituição do novo governo, uma missão da organização será enviada àquele país estudar com o elenco formas de contribuir a estabilização, paz e desenvolvimento.
Murade Murargy, Secretário Executivo da Cplp, elogiou o trabalho da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental, “que tomou posições construtivas em relação ao processo”, e ajudaram a ultrapassar uma parte da crise, que "é nomeação de um Primeiro-ministro que foi aceite pelo Presidente da República”.
Para acompanhar a situação, a organização decidiu manter o seu Representante Especial em Bissau até Março de 2016, altura que será realizado um Conselho de Ministros extraordinário em Lisboa.
Carlos Coreia é o actual Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.