Vince e cinco anos depois da criação da Comunidade dos Países da Língua Portugueses, com nmove Estados membros distribuídos por quatro continentes e unidos língua portuguesa. Analistas moçambicanosolham para os propósitos iniciais e não vêm impacto da sua acção na sociedade.
Dário Camal, especialista em assuntos internacionais diz haver “uma crise de subjectividade e legitimidade da CPLP, por isso o seu impacto, neste momento, não é sentido”.
Na opinião dele os Estados membros focam-se mais nas suas organizações regionais.
“Se olharmos para Moçambique e Angola, focam-se mais na SADC, porque é aqui que nos afecta, é com os nossos parceiros de fronteira que fazemos negócio e vivemos o dia-a-dia”, sinaliza.
A concertação político-diplomática entre os membros, para reforçar a significância no cenário internacional, é um dos principais objectivos.
Mas mesmo aí, a radiografia não é muito positiva quanto podia.
Do lado da sociedade civil, a avaliação não fore à regra.
A CPLP está aquém do que podia ser, em termos de potencialidades, na leitura do investigador eactivista social Borge Nhamirre, para quem o nó de estrangulamento está nas lideranças.
“Falta uma liderança clara, objectivos claros e estratégicos e de acção, que apontem que nós queremos chegar àquele ponto. Olhe só uma coisa que a CPLP não conseguiu fazer até agora: É garantir o acordo ortográfico a nível dos seus membros. Continuamos a ter determinados países que escrevem a lígua portuguesa de uma forma e outros de outra, com todos os impactos que parecem pequenos, mas que não são. Se um estudante moçambicano vai, por exemplo, fazer doutoramento no Brasil ou Portugal, não sabe se escreve a sua tese com o português de Moçambique ou do país onde estiver” aponta.