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Covid19: Moradores de Luanda e Sumbe ignoram medidas de combate à pandemia


Vista da marginal de Luanda a partir da Ilha de Luanda
Vista da marginal de Luanda a partir da Ilha de Luanda

Os angolanos parecem estar a ignorar as ordens do Governo para permanecerem em casa caso não haja necessidade urgente de saírem à rua e as autoridades policiais prometem endurecer as suas ações para forçá-los a cumprirem o estado de emergência em vigor desde sábado, 28.

“Os angolanos são muito teimosos, eu vi um jovem que foi batido às 10 horas e às 11 horas ele já estava outra vez na rua”, disse um luandense à VOA.

“Acredito que é também falta de conhecimento do assunto, talvez muitos desconhecem quo a doença é perigosa”, acrescentou,

Frente a várias denúncia semelhantes, o comandante geral da Policia Nacional (PN), comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, prometeu prender quem não cumprir as orientações dos agentes da ordem.

“Quem desobedecer vai para cadeia, não devem sair de casa, devem manter-se em casa, só em caso de força maior (é que devem saír)”, disse o Almeida.

No Sumbe a situação é idêntica.

Durante o fim-de semana, a cidade foi marcada por incumprimento das medidas com os mercados informais a registar enchentes, estabelecimentos comerciais abarrotados de gente, jovens praticando desportos nos bairros, lanchonetes abertas, mototaxistas exercendo suas atividades de forma normal, cidadãos deambulando pelas ruas de um lado para o outro.

A PN vai dizendo que a partir de hoje, 30, as medidas contra os desordeiros serão mais duras.

Quem viveu quarentena no centro de tratamento de Kalumbo em Luanda, proveniente da Itália, é o reitor do seminário maior de filosofia da Diocese do Sumbe, padre Virgílio Joaquim Canário.

“Até ao dia 17 de Março, o centro estava com toda tranquilidade. A logística totalmente organizada. O centro é um internato que foi concebido para albergar crianças em conflito com a lei mais ou menos como aquela prisão que temos em Waco-Kungo mas, não foi ocupada até aqui, a estrutura é nova”, conta, pedindo aos angolaas que respeitem a lei e que não sejam "bombas-relógio" para os demais.

“Eu fiz 14 dias de quarentena institucional, mais 10 dias de quarentena na Itália e aqui no seminário eu continuo confinado no meu próprio lugar”, disse.

“Nem fui saudar o senhor Bispo físcamente porque não o posso em consciência”, acrescentou o padre, apelando ainda aos seus compatriotas que assumam s as suas “responsabildiades”.

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