A estrutura arquitetónica de ventilação do Centro de Saúde da Cahala, com 45 camas, selecionado para o tratamento de possíveis casos da Covid-19 na província angolana de Malanje, dificulta a implantação dos poucos ventiladores mecânicos disponíveis na região.
O director do Gabinete Provincial da Saúde, Avantino Sebastião, ao confirmar o fato, acrescentou que o local carece de uma fábrica de oxigénio.
"Não temos ventiladores mecânicos disponíveis que se adaptem ao sistema do centro da Cahala”, disse Sebastião que acrescentou que o seu gabinete “a título de empréstimo”, tinha solicitado dois ventiladores ao município de Mucari, e previa a chegada de um outro do município de Kiwaba-Nzoji.
“O que acontece é que postos estes ventiladores lá, (...) esses funcionam com um sistema que não se adapta ao sistema do Centro da Cahala", afirmou.
Se se registar algum caso da Covid-19, os pacientes serão atendidos na principal unidade hospitalar de referência.
"Lá sim temos três ventiladores com oxigénio da bala eles funcionam perfeitamente, mas não podemos tirá-los de lá, porque estão nos cuidados intensivos, não podemos esquecer que temos outros pacientes com outras patologias e que estão internados (...) que têm estado a usar esses aparelhos", disse.
Angola tem atualmente 150 ventiladores mecânicos e nos próximos dias poderá contar com 600, de acordo com as necessidades para fazer face à pandemia.
O Hospital Regional de Malanje (HRM) beneficiou no final de semana de um donativo com vários materiais para uso pelos profissionais.