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COVID-19: Trump diz ter salvo mais de um milhão de vidas e critica o Brasil


Presidente americano fala na Casa Branca sobre pandemia e economia
Presidente americano fala na Casa Branca sobre pandemia e economia

O Presidente americano Donald Trump disse que o seu Governo pode ter salvo pelo menos um milhão de vidas ao encerrar as fronteiras americanas e comemorou a retoma da economia, com a queda do desemprego em maio.

Ao mesmo tempo, Trump afirmou que o afro-americano George Floyd, assassinado por um polícia branco no passado dia 25 de maio, deve estar a olhar do céu a dizer que é algo bom para o país.

Em conferência de imprensa nesta sexta-feira, 5, Trump criticou a política do Presidente brasileiro para combater a pandemia da Covid-29 que, como a Suécia, não tomou medidas fortes.

“Hoje é provavelmente, se pararem para pensar, o dia da maior recuperação da história norte-americana”, disse Trump na Casa Branca, depois de o Ministério do trabalho indicar que a taxa de desemprego caiu de 14,7 por cento em abril para a 13,3 por cento em maio.

Foram criados, fora do setor agrícola, 2,509 milhões de empregos no mês passado em termos líquidos.

Enquanto divulgava os números do desemprego, o Presidente americano afirmou esperar que George Floyd estivesse "a olhar para baixo" do céu "e a dizer: 'Isso é uma grande coisa que está a acontecer no nosso país".

Sem se referir diretamente aos protestos devido à morte de Floyd, Trump disse que uma economia forte é essencial para melhorar as tensões raciais.

"Este é um ótimo dia para ele, é um ótimo dia para todos, é um ótimo dia para todos. Este é um ótimo, ótimo dia em termos de igualdade”, rematou.

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Brasil, um mau exemplo

Quanto à pandemia, Donald Trump congratulou-se com os números apesar do país ser o centro da pandemia, com mais de 106 mil mortes e mais de um milhão e 800 mil infetados.

"Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos (imunidade de) rebanho", considerou o Presidente que citou o Brasil e a Suécia, como maus exemplos.

"Se olharem para o Brasil, eles estão num momento bem difícil. E, falando nisso, continua-se a falar da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está a passar por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões de pessoas ou até mais", afirmou Trump.

Apesar de acreditar que o pior passou, apesar de milhares de casos por dia da Covid-19, Trump viu a sua popularidade cair quanto à forma como tem gerido a pandemia.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada no dia 12 de maio indicava que os que desaprovam o desempenho do Presidente no comando da resposta à Covid-19 superam os que aprovam por 13 pontos percentuais.

Recorde-se que o Brasil, ao registar entre quarta-feira e quinta-feira a marca de 1.473 mortes, atingiu a soma de 34.021 vítimas mortais do novo coronavírus e tornou-se o terceiro no mundo com o maior número de mortes provocadas pela pandemia depois de ser, há várias semanas, o segundo com mais casos, apenas atrás dos Estados Unidos, que lideram nas duas classes.

Os casos confirmados no total ascendem a 614.941.

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No continente africano, o número de mortos subiu hoje para 4.756, em mais de 170 mil casos.

Em todo o mundo, até esta sexta-feira, 5, a Covid-19 provocou 391.588 mortes e mais de seis milhões e 655 pessoas foram infetadas, segundo a universidade americana Johns Hopkins.

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