A população de São Tomé e Príncipe não está a respeitar o confinamento obrigatório imposto pelas autoridades do país para travar a propagação da Covid-19 no arquipélago.
O confinamento não é compatível com a realidade socioeconómica do país, diz o Presidente da Associação dos Direitos Humanos, Óscar Baía.
“É difícil obrigar as pessoas a ficarem em casa, num país onde a maioria da população trabalha para se alimentar no mesmo dia,” diz Baía.
Até esta sexta-feira, 8, o país de cerca de 200 mil habitantes registou 208 casos positivos de coronavírus e cinco mortes.
As autoridades avisaram que, para evitar mais casos, quem não cumprir o confinamento obrigatório incorre em crime de desobediência.
Baía prevê que muitas pessoas serão detidas durante o período, e “colocadas numa mesma cela (...) se elas não apanham o vírus na rua correm o risco de ficar infectadas nas celas”.
Este ativista Baía o governo no sentido de implementar “as anunciadas medidas de apoio financeiro a determinados sectores da sociedade, entre eles taxistas e motoqueiros, de modo a minimizar o sofrimento das famílias”.