Um estudo da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) indica que, se tudo continuar como está, ou piorar, nos próximos meses, as empresas vão perder cerca de 355 milhões de dólares americanos.
Eduardo Sengo, director-executivo da CTA, diz que os dados não incluem os mega-projectos.
“Estão as pequenas e médias empresas,” que perdem receitas e “têm um nível de obrigações, que estimamos em cerca de 280 milhões de dólares”, diz Sengo.
Turismo, transportes e agriculturas são os sectores mais fustigados por esta crise, com potencial de forçar a paralisação de empresas.
Sengo não especificou números, mas confirmou que a situação está a tornar-se insustentável e que as autoridades governamentais já têm conhecimento de tudo, estando, neste momento, em discussão alternativas de solução.
A Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-Central Sindical) diz que, até agora, não tem conhecimento de trabalhadores que tenham sido despedidos injustamente.
“Nós como sindicatos, obviamente não temos nenhum plano de contingência. O nosso instrumento de luta é o diálogo e quando o diálogo não pega, é a greve. Então, esperamos que não chegue a esses termos,” diz Damião Simango, porta-voz da OTM.
Em relação à greve em tempo de crise, Simango sublinha que é complicado, “mas se isso for necessário, pode-se ir”.
O país tem mais de 50 mil empresas que empregam mais de um milhão e duzentas mil pessoas.