Cabo Verde entrou nesta sexta-feira, 19, em situação de contingência, como medida para evitar a propagação da Covid-19, no dia em que arranca a campanha de vacinação, nesta primeira fase, destinada aos profissionais de saúde.
A decisão do Governo tem a duração de dois meses.
A ilha de São Vicente, que se encontrava em estado de calamidade, o nível mais grave, também passa à situação de contingência.
Durante este período, é permitida a ida às praias entre as seis e as 18 horas, a “transformação” da actividade de discotecas e clubes de dança em lounge bar, com música ao vivo mas sem dança e a realização de actividades culturais com até 70 por cento da capacidade máxima dos lugares sentados em espaços abertos e até 50 por cento em lugares fechados.
Restaurantes e cafés mantêm os horários normais de funcionamento.
Até ontem, o país registou um total de 16.298 casos da doença e 158 mortos.
Hoje, dia em que arrancou a campanha de vacinação dos profissionais da Saúde em todo o país, assinala-se o primeiro ano do primeiro caso da Covid-19, um turista inglês que chegou à ilha da Boavista para férias, e que depois faleceu.
Num acto para o efeito, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, pediu um “redobrado esforço coletivo” e “sentido de responsabilidade”.
Ele também defendeu que a "consciência colectiva deve penalizar aquelas que negam a ciência, negam os impactos e usam demagogias populistas para negar as evidências, negar os impactos da pandemia e para criar comportamentos antivacinação".