O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, afirmou num discurso de final de ano que as forças francesas estacionadas no país se vão retirar ainda este mês.
A Costa do Marfim trona-se assim no último país da zona a pôr termo ou a reduzir substancialmente os laços militares com a antiga potência colonial.
Ouattara afirmou no seu discurso na noite de terça-feira que a Costa do Marfim poderia estar orgulhosa do seu exército “cuja modernização é agora eficaz”.
Ouattara, que ainda não disse se tentará um quarto mandato nas eleições marcadas para Outubro, afirmou que a base do 43º batalhão de infantaria de fuzileiros navais BIMA em Port-Bouet, em Abidjan - onde as tropas francesas estão atualmente estacionadas - "será entregue às forças armadas da Costa do Marfim a partir deste mês”.
Cerca de 1.000 soldados franceses foram inicialmente destacados para o 43º BIMA para ajudar, em particular, na luta contra os rebeldes islâmicos na região do Sahel mas atualmente cerca de 600 estão ali estacionados .
Separadamente, o Senegal, que no mês passado anunciou que a França teria de encerrar as suas bases militares no seu território, confirmou que a retirada estaria concluída até ao final de 2025. A França matem 350 soldados neste país
A França, cujo domínio colonial na África Ocidental terminou na década de 1960, já retirou as suas forças que estavam estacionada no Mali, Burkina Faso e Níger, na sequência de golpes militares nesses países e do crescente sentimento anti-francês.
Tropas francesas estão também a retirar-se do Chad e Senegal, deixando a sua presença em África apenas no Djibouti (1.500 soldad9s) e Gabão (350 soldados).
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