Em Cabo Verde, um estudo feito pela Afrosondagem aponta a polícia como a instituição mais corrupta no arquipélago. O inquérito feito junto de 1200 adultos revela que cerca de 50 por cento dos cabo-verdianos acreditam que a percepção da corrupção aumentou.
Segundo a conclusão do estudo em que foram inquiridos 1.200 indivíduos a partir de 18 anos, a corrupção aumentou comparativamente ao ano de 2013, notando-se também que o problema alastrou entre as instituições eleitas e não eleitas.
O jornalista Carlos Santos entende que medidas devem ser tomadas para se travarem os actos de corrupção.
Uma delas, diz à VOA, passa pela criação de uma estrutura forte de luta contra a corrupção.
Santos ressalva a necessidade de se dotar o Ministério Público de mecanismos e meios que tanto vem exigindo para que possa investigar e levar à justiça os gestores que pratiquem actos que lesam o interesse público.
Carlos Santos não deixa também de realçar o papel que a comunicação social deve desempenhar nessa questão de luta contra a corrupção.
Na opinião do jornalista, torna-se necessária a aposta num jornalismo de investigação no arquipélago.
Segundo o estudo, a polícia surge como a instituição mais corrupta com 19 por cento, os funcionários das Finanças e os vereadores com 15%, o gabinete da Presidência da Republica com 12 e do Primeiro-ministro com 15 por cento.
Os magistrados, com 9%, são apontados como os menos corruptos, revela ainda o estudo.