Uma pesquisa da Transparência Internacional (TI) divulgada nesta segunda-feira, 9, mostrou que 11 por cento dos brasileiros assumiram pagar luvas para ter acesso a serviços públicos, como saúde, educação, serviço de polícia ou emissão de documentos.
Este é o segundo menor índice da América Latina e Caraíbas, atrás apenas de Trinidad e Tobago, onde 6 por cento admitiram pagamento de luvas.
A TI ouviu 22.302 pessoas de mais de 16 anos em 20 países entre Maio e Dezembro de 2016, com uma margem de erro estimada de 2,8 por cento.
No México, 51 por cento dos entrevistados admitiram pagamento de luvas.
No Peru, foram 39 por cento, na Argentina, esse número foi de 16 por cento, no Uruguai, 22 por cento e, no Chile, 22 por cento.
O levantamento também mostrou o Brasil como o país onde é maior a taxa dos que acreditam que pessoas comuns podem fazer a diferença no combate à corrupção (83%).
Em seguida aparecem Costa Rica e Paraguai, com 82 por cento..
Além disso, 81% dos entrevistados brasileiros disseram que, se presenciassem um acto de corrupção, seriam obrigados a denunciá-lo.
O índice é maior só no Uruguai (83%) e na Costa Rica (82%).
No entanto, a pesquisa apontou um aumento da percepção do brasileiro com relação à corrupção.
Entre Maio e Junho de 2016, período em que a Transparência Internacional ouviu entrevistados do país, 78 por cento achavam que a corrupção tinha aumentado nos 12 meses anteriores.
A época da pesquisa coincidiu com o processo de impugnação da ex-presidente Dilma Rousseff.
Apenas Venezuela (87%), Chile (80%) e Peru (79%) haviam tido uma percepção maior de aumento da corrupção nos 12 meses anteriores à pesquisa.
Pesquisa revela que sete em cada 10 brasileiros acreditam que a corrupção aumentou
A pesquisa também ouviu os entrevistados sobre a atitude dos governos de cada país no combate à corrupção.
No Brasil, 56% disseram que o Governo faz um mau trabalho contra as práticas corruptas.
Nesse quesito, o país ocupou a 11ª posição no ranking.