A corrida presidencial no Brasil a actualmente é uma incógnita. Não há nada definido e nenhum nome está certo para as eleições que serão realizadas em Outubro.
Esta é a análise do Cientista Político Malco Camargos, que chama a atenção para o facto inédito no país.
“Estamos a nove meses da eleição no Brasil e, pela primeira vez na história, temos uma total incerteza não só em relação ao seu resultado, mas também quem serão os candidatos que pleitearão o cargo mais importante eleito deste país”, disse.
O especialista explica o porquê de tanta dúvida nesse início da corrida eleitoral:
“Isso acontece pois de um lado há uma incerteza em nome do principal líder político do Brasil atualmente. O ex-presidente Lula da Silva, condenado pela justiça, provavelmente será retirado do pleito pela justiça eleitoral. Não se sabe ainda quem será o substituto dele. Do outro lado, o deputado federal Jair Bolsonaro, oposto de Lula, um candidato que consegue sensibilizar o eleitor brasileiro sendo a antítese do que propõe o PT, sendo radical em relação às direitas sociais e sendo pouco claro às condições econômicas, tende a perder força com a saída de Lula da Silva. Desta forma a disputa caminharia mais para o centro”, ressaltou.
Sem a presença de Lula da Silva no pleito e o possível enfraquecimento do seu maior rival no momento, outros questionamentos são abertos, diz Malco Camargos:
“Fica a pergunta, quem ocupará esse centro? Será o que chamamos de alpinista político? Um empresário? Um homem da mídia? Alguém que consiga se sair bem com essa disputa? Mas esses ora se colocam, ora saem da disputa deixando a incerteza de quem ocupará esse lugar. De outro lado, alguns políticos tradicionais já conhecidos dos brasileiros, mas que não tiveram sucesso em outros pleitos. O ano de 2018 promete”, concluiu.
