O primeiro caso de Coronavírus na República Democrática do Congo está a causar preocupação na província do Uíge que tem longas fronteiras com esse país.
As autoridades dizem no entanto que estão a acompanhar de perto a situação no país vizinho não havendo de momento qualquer indicio de propagação do virus que é um caso “importado”.
O Padre Bernardo Kilakial disse ser preciso mais pessoal para monitorizar as fronteiras angolanas no Uige já que os números existentes na fronteira do Kimbata, no Município de Maquela do Zombo, a cerca de 310 quilómetros da província do Uíge “não são suficientes para que possam salvaguardar os interesses fronteiriços tendo em conta a extensão” alertou Frei Bernardo Kilakial da Missão Católica de Maquela do Zombo.
O activista cívico da saúde pública Pinto Mulato fez eco da mesma preocupação pela falta de controlo nas fronteiras dos municípios de Maquela do Zombo, Milunga, Damba e Quimbele,
O deputado pelo círculo provincial da UNITA no Uíge, Félix Simão Lucas, que visitou recentemente o município de Maquela do Zombo lamentou também as atuais condições de segurança da fronteira do Kimbata.
Em resposta o Secretário do Estado para a Saúde Franco Muvinda, que falava a RNA, esclareceu que já está em curso a criação do plano de contingência sobre as precauções do coronavírus.
“O Ministério da saúde está a acompanhar com muita atenção o primeiro caso do Covid-19 na RDC. Em todo caso estamos a trabalhar nas medidas de precaução ao longo das fronteiras”, disse
“O caso em referência é um caso importado e não temos circulação a nivel da comunidade que nos podia levar a reforçar as medidas que estamos a implementar ao longo da fronteira”, acrescentou em referência ao facto do caso registado ser de um cidadão vindo da Europa.