Os alfaiates angolanos são agora aqueles que através das suas artes estão a colmatar a falta de máscaras de proteção facial, tornando-se também em sérios concorrentes àqueles que nas ruas as vendem a preços muito altos.
Com efeito, nas províncias do Kwanza Sul e Namibe alfaiates não têm mãos a medir para fazer face à procura das máscaras.
No muncípio do Cassongue, no Kwanza Sul, a procura de máscaras é tanta que por dia os alfaiates se desdobram em costurar mais de 200 máscaras que custam cada uma 500 kwanzas.
No Namibe, assiste-se a uma situação idêntica.
As máscaras são vendidas nas ruas e o preço aumentou em 10 vezes, passando de 150 Kwanzas para 1500.
Muitos dizem não ter como comprar as máscaras.
Os namibenses estão agora também recorrer a alfaiates que cobram 300 kwanzas por máscara.
O coordenador da comissão técnica para resposta ao Covid-19 no Kwanza-Sul, Job Capapinha, orientou os membros do órgão a atuarem contra a desinformação, bem como a especulação de preços verificados na aquisição de objetos de prevenção.
“Há atitudes que podem complicar o processo. Máscaras começam a ser vendidas caras, fora do preço normal, e outros elementos que são básicos para mantermos a população com os elementos de prevenção fundamentais”, disse o governador.