A Coreia do Norte impediu hoje a saída de malaios do país e desencadeou uma retaliação à Malásia, no momento em que a polícia que investiga o assassinato do norte-coreano Kim Jong Nam em Kuala Lumpur tenta interrogar três homens que se escondem na embaixada norte-coreana.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, acusou a Coreia do Norte de "efectivamente fazer nossos cidadãos de reféns" e convocou uma reunião de emergência do seu Conselho de Segurança Nacional ainda para esta terça-feira ao voltar da Indonésia.
As acções enfatizaram a deterioração dramática dos laços com um dos poucos amigos de Pyongyang, além da China desde o assassinato de Kim Jong Nam, meio-irmão afastado do líder norte-coreano, Kim Jong Un, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, em 13 de fevereiro.
A Malásia diz que duas assassinas usaram gás VX, um agente químico classificado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma arma de destruição em massa.
A polícia identificou oito norte-coreanos procurados por suspeita de ligação com o crime, entre eles dois dos três que se acredita estarem escondidos na embaixada -- um diplomata de alto escalão e o funcionário de uma companhia aérea.
Até agora as únicas pessoas acusadas são uma vietnamita e uma indonésia que supostamente esfregaram o gás no rosto da vítima, falecida 20 minutos depois.
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte emitiu uma proibição temporária à saída de malaios do país, "até que o incidente que aconteceu na Malásia seja devidamente resolvido", disse a estatal Agência Central de Notícias da Coreia.