A Coreia do Norte anunciou no domingo, 2, que vai deixar de enviar balões cheios de lixo através da fronteira com o Sul, afirmando que as missivas “nojentas” têm sido uma contramedida eficaz contra a propaganda enviada por ativistas anti-regime.
Desde terça-feira, o Norte enviou cerca de mil balões com sacos de lixo contendo tudo, desde pontas de cigarro a pedaços de cartão e de plástico, segundo as forças armadas de Seul, avisando o público para se manter afastado.
A Coreia do Sul qualificou a última provocação do seu vizinho nuclearmente armado de “irracional” e de “baixa categoria”, mas, ao contrário da vaga de lançamentos recentes de mísseis balísticos, a campanha do lixo não viola as sanções da ONU contra o regime isolado de Kim Jong Un.
No domingo, 2, Seul avisou que tomaria fortes medidas, a menos que o Norte cancelasse o bombardeamento com balões, afirmando que este é contrário ao acordo de armistício que pôs fim às hostilidades da Guerra da Coreia de 1950-53.
No final de domingo, o Norte anunciou que iria parar a sua campanha, depois de ter espalhado o que alegou ser “15 toneladas de resíduos de papel”, utilizando milhares de “dispositivos” para os lançar.
“Demos aos sul-coreanos uma experiência completa de como é nojento e trabalhoso recolher os resíduos de papel espalhados”, afirmou num comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias da Coreia.
O Norte declarou que iria “suspender temporariamente” a sua campanha, afirmando que se tratava de uma “pura contra-medida”.
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