Quem visitar o Lubango nesta altura vai se confrontar com a implementação do programa de infra-estruturas integradas que contempla a reparação de estradas, passeios e os principais largos da cidade.
O projecto de três anos suportado pelo governo central iniciado em 2018 está avaliado em mais de 220 milhões de dólares e está a cargo da Omatapalo, empresa que neste momento domina os negócios da construção e obras públicas na região até a pouco tempo associada ao actual governador, Luís Nunes.
Numa deslocação recente ao Lubango, o advogado David Mendes criticou a implementação do projecto, questionando os alegados jogos de interesses e as prioridades do governo que na sua visão deviam atender sobretudo o lado social.
“Se todos sabemos que ele é um dos acionistas dessa empresa (Omatapalo) está a fazer negócios consigo mesmo”, disse o advogado.
“Pelo que eu saiba ele não renunciou as suas acções nessas empresas ou pelo menos publicamente não se sabe isso”, acrescentou questionando ainda o facto de “haver dinheiro para asfaltar as estradas para fazer os passeios, mas não há dinheiro para construir escolas não há dinheiro para construir centros médicos não há dinheiro para comprar medicamentos”.
Isto é uma política de Estado e quer dizer que a política de Estado está errada”, acrescentou
Dos empresários locais, Luís Nunes parece ter apoio contra os críticos da sua gestão, a julgar pelas palavras do líder da classe de empresários local, Paulo Gaspar, na abertura nesta quarta-feira, 14, da maior bolsa de negócios do sul de Angola a conhecida Expo Huíla.
“Senhor Luís Nunes e toda sua equipa de governação: Queremos dizer-lhe que está no caminho certo. Não se intimide com os dizeres de pessoas que não conhecem a nossa realidade os nossos propósitos o nosso percurso e os nossos sonhos”, disse
Firme nos seus propósitos de governar diz estar o governador da Huíla, que aproveitou a ocasião para atirar-se contra os seus críticos.
“Há muita gente a falar muito a criticar tudo o que fazemos a falar mal de toda a gente a tentar derrotar cada iniciativa que tomámos”, disse
“ Não vamos dar ouvidos a essa gente. Queremos ouvir as críticas construtivas daqueles que nos ajudam a melhor o que está bem e a corrigir o que está mal”, acrescentou