A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) vai introduzir a partir deste ano unidades caninas nas fronteiras nacionais para controlar o contrabando de mercadorias, moeda e drogas.
O director da AT, Miguel Nhane, disse que a medida visa aumentar a colecta de receitas fiscais, o que pode reduzir a dependência externa de Moçambique no financiamento de projectos de desenvolvimento
As fronteiras moçambicanas têm sido consideradas corredores do tráfico de seres humanos, drogas e moeda. A fronteira de Ressano Garcia, por sinal a mais movimentada, é das mais vulneráveis.
Recentemente foram detidos, no lado sul-africanos, dois moçambicanos com 4.9 milhões de dólares americanos e 2.2 milhões de euros.
Além de unidades caninas, Nhate disse que "queremos introduzir a selagem de bebidas alcoólicas e de tabaco para controlar a circulação destes produtos."
Na perspectiva de apertar o cerco ao tráfico internacional, a AT anunciou a melhoria do seu sector de investigação e inteligência, em parceria com organismos internacionais.
Aliás, disse Nhate, Moçambique "alberga o escritório de inteligência da Organização Mundial das Alfândegas para a região austral e oriental de África," que engloba 23 países".