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Moçambique: Continua o terror em Cabo Delgado


ARQUIVO: Paróquia destruida, Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, Moçambique
ARQUIVO: Paróquia destruida, Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, Moçambique

A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, viveu mais uma noite de terror no sábado, 7, quando um grupo de terroristas atacou o posto administrativo de Muaguide.
O grupo feriu um agente da polícia, destruiu a casa do chefe do posto e saqueou medicamentos no posto de saúde, segundo fontes locais.

Há duas semanas a Voz da América reportou que vários moradores dos distritos de Ancuabe e Macomia, alertavam para o aumento da insegurança após novos ataques violentos dos grupos armados.

Uma análise divulgada pelo Centro de Integridade Pública (CIP) indica que houve aumento de ataques dos insurgentes em Cabo Delgado durante outubro e novembro, com uma média de pelo menos um ataque a cada dois dias, enquanto o Governo se focava a combater os protestos pós-eleitorais em Maputo, Nampula e Chimoio.

Os protestos foram convocados pelo candidato presidencial apoiado pelo Podemos, Venâncio Mondlane. Pelo menos 88 pessoas morreram, 274 foram baleadas e ainda há registo de 3.450 detidos, segundo a Plataforma Eleitoral Decide, uma organização não governamental.

No dia 25 de novembro, a Human Rights Watch disse que a polícia “deteve centenas de crianças, em muitos casos, durante dias, sem avisar as suas famílias, em violação dos direitos humanos”.

 Moçambique: PRM diz que protestos não respeitam legislação
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Por seu lado, o porta-voz do Comando geral da Polícia da República de Moçambique, Orlando Modumane, disse durante uma conferência de imprensa na semana passada, que crianças, adolescentes e pessoas dementes ou embriagadas estão a ser usadas nos "supostos protestos que não respeitam a legislação e o Estado de Direito".

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