O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs, por unanimidade, novas sanções contra a Coreia do Norte nesta segunda-feira, 11, devido ao sexto e mais poderoso teste nuclear do país, em 3 de Setembro, estabelecendo a proibição das exportações de produtos têxteis do país e limitando as importações de petróleo.
Foi a nona resolução de sanções aprovada por unanimidade pelo Conselho de 15 membros desde 2006 sobre os programas de mísseis balísticos e nuclear da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos atenuaram um primeiro esboço de resolução mais rígido para ganhar o apoio de China e Rússia, aliadas de Pyongyang.
Mais suave
Fontes diplomáticas apontaram que Washington teve que suavizar sua posição, após quatro dias de negociações intensas com Moscovo e Pequim, sobre os trabalhadores norte-coreanos expatriados e a inspecção à força dos navios suspeitos de transportar cargas proibidas pelas resoluções da ONU.
O Governo dos Estados Unidos também aceitou não congelar os bens do líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ante a oposição de Rússia e China.
No domingo, o Governo norte-coreano divulgou um comunicado com novas ameaças aos Estados Unidos porque Washington havia pedido que a votação de novas sanções fosse realizada na segunda-feira.
"Sofrimento e dor"
Em texto reproduzido pela agência oficial KCNA, o Ministério norte-coreano das Relações Exteriores advertiu que se Washington "aplicar esta resolução ilegal sobre um endurecimento das sanções, a Coreia do Norte garantirá que os Estados Unidos paguem o preço".
"As medidas que adoptarão vão causar aos Estados Unidos o maior dos sofrimentos e dores de toda a sua história", afirmou o Governo.