O Conselho de Segurança das Nações Unidas expressou a sua “preocupação profunda com a crise institucional e política na Guiné-Bissau” e o seu apoio às sanções impostas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) contra 19 personalidades do país.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, 22, aquele órgão executivo da ONU reiterou que a crise política “deve-se à falta de vontade dos actores políticos de alcançar uma solução consensual e sustentável.”
Os 15 membros do Conselho pediram aos responsáveis políticos que implementem o Acordo de Conacri e denunciou “as acções daqueles que tentam prevenir e obstruir a resolução da crise.”
Para eles, o documento continua a ser “a única ferramenta consensual para encontrar uma solução duradoura.”
O Conselho de Segurança pediu ainda que as eleições legislativas e presidenciais, marcadas para 2018 e 2019, “sejam livres, justas, credíveis, transparentes e incluam a participação total das mulheres.”
O órgão garante continuar a acompanhar a situação no país e disse estar “pronto para tomar as medidas necessárias para responder se ela piorar.”
Os membros do Conselho de Segurança elogiaram uma vez mais as instituições de Defesa e Segurança por não intervirem no processo político e respeitarem o seu “papel constitucional”.
No passado dia 14, o Representante Especial do Secretário-Geral e Chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), Modibo Ibrahim Touré, e o embaixador Mauro Vieira, Representante Permanente do Brasil às Nações Unidas, apresentaram os seus relatórios sobre a situação do país.