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Conselho Constitucional de Moçambique promete verificar o processo "minuciosamente", Podemos desconfia


Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional de Moçambique
Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional de Moçambique

Presidente do organismo afirma não ter recebido recurso contencioso nas candidaturas e Venâncio Mondlane critíca as declarações.

A presidente do Conselho Constitucional de Moçambique afirma não ter recebido nenhum processo de contencioso das candidaturas à Presidência da República. Ribeiro prometeu, contudo, que vai verificar o processo "minuciosamente" e garantir a "verdade eleitoral".

O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique, Podemos, diz ter submetido documentos a provar a falta de transparência do processo.

Conselho Constitucional de Moçambique promete verificar o processo "minuciosamente", Podemos desconfia
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"Quero eu dizer que, por parte dos mandatários, dos candidatos à Presidência da República, nós não recebemos, na fase do contencioso, qualquer recurso nesta eleição", indicou a presidente.

Ribeiro garantiu estar a trabalhar para verificar o processo eleitoral. "Nós estamos a ver. Isto consiste precisamente na comparação da ata e edital da Comissão Nacional de Eleições com a ata e edital dos partidos políticos. Este é um processo minucioso", afirmou. O Conselho Constitucional é a última instância de recurso em contenciosos eleitorais.

A presidente do órgão prestou esclarecimentos durante um encontro com membro do partido Podemos, que apoia a candidatura de Venâncio Mondlane.

O presidente do partido, Albino Forquilha, mostrou-se reticente. "Até aqui não tenho segurança que vai haver uma verdade eleitoral". Forquilha informa ter submetido vários documentos que demonstram falhas no processo eleitoral.

"O processo que submetemos incorpora a eleição presidencial", disse Albino Forquilha no final da reunião.

Acusações são "falsas"

O candidato presidencial apoiado pelo Podemos, Venâncio Mondlane, reagiu às declarações do Conselho Constitucional. Num vídeo publicado na rede social Facebook, Mondlane diz que a instituição "é um dos organismos que está a mostrar que viola a todo o custo os princípios da transparência".

O candidato critica as acusações do conselho de que o partido Podemos não apresentou recurso para a eleição presidencial e editais das províncias, afirmando que se tratam de acusações "falsas". Segundo Mondlane o partido apresentou um pedido para reverter a deliberação da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"O papel do Conselho Constitucional é verificar procedimentos. Se os procedimentos tomados estão de acordo com a lei ou não", afirma o candidato presidencial. Mondlane diz ainda no vídeo que o Conselho Constitucional "já violou a lei", visto ainda não ter julgado o recurso do Podemos.

Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%. O candidato não aceita o resultado e afirmou que vai tomar posse em Janeiro.

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