O Congresso do MPLA a começar Sexta-feira deverá servir para um determinado sector do partido consolidar posições mas não deverá trazer nada de novo ou de impacto para Angola, disseram analistas angolanos.
O jurista Pedro Caparakata pensa que o MPLA vai sair muito mais forte deste congresso porque vai consolidar as suas estruturas com movimentos de retificações, para se adaptar aos novos tempos.
Caparakata não considera a recente troca de palavras entre Tchizé dos Santos e as estruturas do partido como relevantes afirmando a filha do ex-presidente “e outros endinheirados” não tencionam viver em Angola.
“Não vale a pena pensar e termos a ilusão que alguém como Tchizé dos Santos e outros endinheirados do pais viriam a permanecer em Angola para quê? Para apanhar paludismo, apanhar poeira, lixo, agua impropria?”, interrogou.
Tchizé dos Santos está actualmente no estrangeiro e foi suspensa do Comité central.
O jornalista William Tonet considera que este congresso do MPLA nada vai trazer de novo para o partido e para o país.
Tone considerou que este congresso está “manchado por violar flagrantemente os seus próprios estatutos”
“Não acredito que o MPLA saia mais fraco, vai sair um MPLA mais bajulador mais
preocupado em cimentar a ditadura, saímos de uma ditadura vermelha, para uma ditadura preta e por aí em diante, nada vai mudar,”, disse.
O politólogo Agostinho Sikatu também é de opinião que “este congresso não vai mudar absolutamente nada vai apenas confirmar determinados grupos e interesses".
Sikatu considerou, no entanto, que é importante para o MPLA resolver o diferendo entre a actual liderança e a família dos Santos porque “os eduardistas podem se sentir ameaçados e desafiar o poder”.
“Numa disputa entre gigantes é óbvio que quem sofre é o capim", disse
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