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PAIGC responsabiliza Presidente guineense por assalto à sua sede nacional


Sede Nacional do PAICG, Bissau
Sede Nacional do PAICG, Bissau

Apoiantes do chamado grupo dos 15 e da direcção do partido entraram em confronto na madrugada de hoje

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusou o Presidente guineense, José Mário Vaz, de estar por trás das acções do grupo dos 15 deputados expulsos do partido.

Para o PAIGC, o assalto à sua sede, em Bissau, é consequência da crise politica criada pelo Chefe de Estado.

Um grupo de pessoas, alegadamente, apoiantes dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, assaltou, na madrugada desta quarta-feira, 18 de outubro, a sede do partido, em Bissau, supostamente, para pedir negociações com a direção daquela formação política, com vista a reintegração dos expulsos.

Na sequência da invasão, os militantes do PAIGC, fiéis à direção do partido, atacaram os invasores, no interior da sede, e envolveram-se em confrontos físicos, com catanas, paus e garrafas. Resultado, vários feridos por partes dos “assaltantes”, alguns em estado grave, foram socorridos no Hospital Nacional Simão Mendes, o maior do país.

O PAIGC não teve rodeios e responsabilizou José Mário Vaz pelo assalto à sua sede.

“O único responsável desta situação, não há outro, chama-se José Mário Vaz”, disse João Bernardo Vieira, porta-voz do partido vencedor das eleições de 2014.

Numa primeira reação, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva, lembrou que as pancadarias ocorreram na presença das forças de segurança, sem que tenham intervindo para a situação:

“Se as forças da segurança estavam cá, antes do confronto e assistiram o confronto, sem que tivessem feito alguma coisa, isso é muito grave e poderia determinar a abertura de um inquérito para apurar a responsabilidade das forças de segurança neste processo”, defendeu Silva..

Por seu lado, o consultor jurídico, Luís Peti desvalorizao impacto da situação perante a dinâmica politica do PAIGC:

“Poderá servir para alguma análise interna, em termos de popularidade, mas, do ponto de vista legal e estatutária, não mexe com o partido, portanto não deve merecer a atenção do partido”, alegou Peti.

Refira-se que o assalto segue-se a várias outras acções contra as bases regionais do partido libertador e antecede, por outro lado, as reuniões dos órgãos máximos, previstas para iniciar na quinta-feira, 19.

A direção superior do PAIGC já deu instruções às suas bases para retalhar qualquer acção que visa violar as instalações das suas sedes regionais.

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