Novos confrontos entre homens da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique provocaram a fuga de dezenas de populares da região de Chicaca, no norte de Moçambique.
Os confrontos registados a 25 quilómetros do local do incidente ocorrido na sexta-feira, 25, que deixou 24 mortos, levaram à paralisação de escolas, hospitais e transportes nesta sexta-feira.
Dezenas de populares saíram da região, levando o que podiam como tochas e animais.
No local, contaram à VOA que veículos militares entraram em Chicaca bem cedo e se instalaram perto da escola local, e, depois, ouviram-se tiros.
Uma coluna de seis jornalistas que queriam chegar ao lugar dos conflitos foi impedida pelas autoridades, supostamente porque havia uma unidade da Renamo mais à frente, junto ao rio Mussatua.
Há vozes que dizem que nas margens do rio está um acampamento da Renamo, onde se acredita esteja o líder da Renamo Afonso Dhlakama, que não é visto desde o dia 25 quando a sua caravana foi atacada na Estrada Nacional número 6.
Na manhã de hoje, em Maputo, o porta-voz da Renamo acusou as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique de atacar a população na localidade de Mpindanhanga, distrito de Gondola, em Manica, por alegadamente estar a proteger o presidente daquele partido Afonso Dhlakama.
O porta-voz do partido António Muchanga revelou que as FDS “fazendo-se transportar em sete viaturas chegaram a Chitaka, localidade de Mpindanhanga, distrito de Gondola, onde atacaram as populações locais, acusando-as de proteger o presidente Afonso Dhlakama”.