Terminou já em Maputo uma reunião na qual estiveram representados os estados signatários da Convenção de Otava, um Tratado que preconiza a proibição do uso, armazenamento, produção, transferência e destruição de minas antipessoais no planeta.
Durante a Conferência, ficou a saber-se que cerca de 48 milhões de minas antipessoais armazenadas foram destruídas desde que a Convenção entrou em vigor, em 1999.
Ficou a saber-se ainda que o Burundi se tornou no vigésimo oitavo Estado a completar as operações de desminagem, ficando agora 31 em processo de conclusão. Um desses estados é Moçambique, que promete terminar a limpeza de todas as áreas minadas até finais de Dezembro próximo, facto amplamente elogiado, na Conferência de Maputo.
Kerry Brinket é o Director da Unidade de Apoio à Implementação da Convenção de Banimento das Minas Anti-Pessoais.
Ele disse à Voz da América que Moçambique é um exemplo a nível mundial porque se pensava que o país levaria muitas décadas a concluir as operações de desminagem, mas em tempo considerado record, 21 anos, vai conseguir fazer o que muitos países no mundo não estão a conseguir.
E esse exemplo, segundo o Director da Unidade de Apoio à Implementação da Convenção de Banimento das Minas Antipessoais, deve ser seguido por outros estados que ainda têm engenhos explosivos enterrados, armazenados ou por desmantelar.
O outro desafio, disse ainda Kerry Brinket, é universalizar a Convenção. Fazer com que mais países conheçam e adiram ao Tratado.