O recente encontro na Cafunfo organizado pela UfoloCentro de Estudos para a Boa Governação foi alvo de tentativa de sabotagem e de intimidação, disse o padre Celestio Epalanga Coordenador da Comissão de Justiça Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Epalanga participou no encontro que contou também com a presença de oficiais da polícia e do governo e que decorreu de forma acolorada quando se debateu os confrontos do passado dia 30 de Maio.
Em declaraçoes à Voz da América Epalanga disse que o encontro “ foi muito díficil” e por várias vezes a reunião teve que ser suspensa.
“A comunidade está totalmente dividida e via-se claramente que havia ali um grupo que veio para sabotar esta iniciativa”, disse.
“Fizeram-se acusações públicas ao Rafael Marques ( o activista que preside à Ufolo) de estar a financiar activistas de partidos na oposição”, acrecentou o padre Epalanga que disse ter havido acusações que “alguns sobas que estiveram lá teriam sido manipulados”.
“De facto percebia-se que havia ali um grupo sobretudo de jovens que alguns disseram serem congoleses que tinham sido instrumentalizados no sentido de impedir que esta conferência tivesse êxito”, disse ainda aquele dirigente da CEAST.
O Padre Epalanga disse que os organizadores do encontro quiseram falar com vítimas e seus familiares mas que isso não tinha sido possível.
“Foi um dar o seu testemunho mas não foi possível porque não o deixaram falar”, acrescentou o Padre Epalanga que frisou que quanto aos acontecimentodo dia 30 de Janeiro “existem várias narrativas” mas disse ter um dossier “com fotografis muito chocantes”
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