O director executivo do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones Idai e Kenneth, não acredita que na conferência de doadores, a arrancar próxima sexta-feira, 31, na cidade da Beira, seja possível angariar os três mil e 200 milhões de dólares necessários, mas diz que todas as contas da instituição vão ser alvo de uma auditoria externa.
Francisco Pereira assume que o valor é elevado, para além do facto de que grande parte dos parceiros de Moçambique financiar projectos concretos..
Pereira afirmou que "tem que haver um canal único por onde passam todos os financiamentos, porque isso permite que no final do dia se saiba quanto entrou, quanto foi gasto, em que foi gasto e quais os resultados, para além de o Gabinete de Reconstrução ter uma auditoria internacional."
O plano de reconstrução, avaliado em três mil e 200 milhões de dólares prevê, entre outras acções, um conjunto de cerca de 100 projectos sócio-económicos.
Após a conferência, será elaborado um plano de reconstrução com prioridades em cada sector, o que, para Francisco Pereira, "irá facilitar aos parceiros escolherem um ou outro sector onde têm mais vocação para financiar".
Entretanto, alguns analistas dizem que para além da reconstrução, é preciso também pensar na preparação das instituições porque não se pode confiar, em primeira instância, nos parceiros internacionais, tendo em conta que eles podem, de igual modo, ser apanhados por tempestades similares ao Idai e Kenneth, ou até piores, e não puderem atender às nossas necessidades.
Para a logística desta conferência, que deverá reunir cerca de 700 pessoas, são necessários entre 56 mil e 62 mil dólares .