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Condutores queixam-se da qualidade das estradas em Angola e especialistas dão sugestões


Estrada Nacional 140-I em Massango, Malanje, Angola
Estrada Nacional 140-I em Massango, Malanje, Angola

A degradação de estradas que se agravam em pouco tempo de vida útil é um problema que se coloca na manutenção das vias do país e que necessita de outra abordagem.

As péssimas condições de algumas estradas nacionais em Angola estão a deixar agastados muitos automobilistas de longo curso na província da Huíla, numa altura em que o Governo diz estar em marcha um plano para a reabilitação de vias rodoviárias.

Na região, os exemplos apontados pelos utentes são as estradas nacionais 105 e 354 com grande impacto na circulação rodoviária na zona centro e sul do país, mormente entre as províncias da Huíla e Benguela e entre Huambo e Huíla.

Condutores queixam-se da qualidade das estradas em Angola e especialistas apontam soluções
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O condutor de pesados Filipe Batista lamenta os riscos a que estão sujeitos com as atuais condições das estradas.

“Muitos constrangimentos, há muitos acidentes por causa dos buracos grandes. É um problema muito grave”, diz.

José Cafoia diz ser triste que os automobilistas estejam obrigados a pagar o imposto de veículos automóveis (IVM), com poucos reflexos na melhoria das estradas.

“Se tivermos um carro baixo toda a hora a bater naqueles buracos com certeza que também vai diminuir a durabilidade do veículo”, lembra.

A degradação de estradas que se agrava em pouco tempo de vida útil é um problema que se coloca na manutenção das vias do país, diz o especialista em obras públicas Jeremias Echimba, para quem é necessário uma outra abordagem.

“Por melhor que tenha sido executada uma determinada via, uma determinada estrada, ela entrará em desgaste com o tempo através da falta de manutenção, através do clima, variação de temperaturas, através do tráfego de veículos pesados, que se adote uma medida preventiva de modo e intervirmos periodicamente na manutenção das nossas estrada", defende Echimba.

Para fazer face ao problema de manutenção e conservação das estradas em Angola, foi criado em 2015 o Fundo Rodoviário que até 2017 investira cerca de 10 mil milhões de kwanzas para manutenção de 2.200 quilómetros de estradas nacionais e secundárias.

O engenheiro civil e especialista em estruturas Carlos Neto, vê outros desafios na manutenção e conservação das estradas em Angola.

“Era começarmos a produzir o betume, que é um derivado do petróleo, e infelizmente ainda carece de importação porque temos um consumo muito grande daí resultam os atrasos e o preço de venda elevado praticado pelos empreiteiros e sei que existem obras que estiveram paradas pela escassez deste produto”, sugere Neto, "algumas soluções para termos estradas funcionais e com qualidade”.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, anunciou recentemente no Lubango ações para atacar as estradas nacionais.

“Nós temos um programa que inicialmente vai começar com algumas ações de conservação, mas que depois dentro do ano de 2024 vamos a fazer a estrada 105 no seu todo no sentido sul”, prometeu o governante.

Na altura, o ministro fez a consignação de obras para travar o avanço de ravinas na região, onde há 17 ativas.

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