O primeiro-ministro de Cabo Verde o ministro das Finanças viram a comitivaem que viajavam ser bloqueada na estrada que dava acesso à cidade do Mindelo, nesta terça-feira, 5.
Duas dezenas de membros do movimento Soloks, que organizou há meses uma manifestação contra a centralização do poder na Praia,entraram na estrada e impediram que a comitiva continuasse o caminho.
O grupo, que exige a regionalização do país, exibiu dísticos em que podiam ler "Autonomia, já", "Descentralização" e "Promessa é dívida",
O líder do grupo, Salvador Mascarenhas disse ser esta uma forma encontrada para exigir o cumprimento das promessas de campanha feitas por Ulisses Correia e Silva.
Apesar do primeiro-ministro “não se ter dignado em baixar os vidros ou descer do carro para conversar com os manifestantes” que bloquearam a estrada, Mascarenhas considera que a mensagem passou e promete continuar a luta para que os políticos possam implementar a descentralização do poder, para depois dar-se o passo com datas para a regionalização do país.
Na óptica do activista, só com a implementação desses instrumentos, “o país terá um desenvolvimento equilibrado, permitindo que haja melhores condições de vida dos cidadãos e evitando o êxodo que se verifica para a ilha de Santiago”.
Salvador Mascarenhas afirma ainda que a população de São Vicente não quer apenas festas como algumas pessoas dizem, mas sim quer trabalhar para a melhoria das condições de vida.
Mais tarde, em declarações à imprensa, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva disse que o bloqueio foi um “um sinal de que a democracia está viva” e que as pessoas se sentem num quadro de “maior liberdade”.
“Quanto ao resto, as pessoas são livres de expressarem aquilo que bem entenderem”, sublinhou Correia e Silva no final da cerimónia de abertura do fórum “Qualidade de serviço público e Ambiente de Negócios” .
Em conversa com a VOA, o jornalista e analista político Daniel Medina vê mais este acto como sinal de cidadania a funcionar em São Vicente, ilha que “exige o cumprimento das promessas feitas pelo MpD, partido que suporta o Governo”.